sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Gabriela - Parte 9

CAPÍTULO 4

Verônica e Carlos Bérgamo estavam realmente chateados, isso é, foi o máximo de emoção que conseguiram extrair do recente desaparecimento de sua filha. O café da manhã foi um momento de tensão. Um olhava para o outro com desprezo, tentando relacionar a falta de educação de Gabriela ao erro do outro.
Assim que Verônica pegou uma faca na mesa pra tentar atirar em seu marido, uma empregada entrou correndo, gritando:
- Ela está aqui! Ela está aqui!
Enquanto Gabriela esperava na sala, ouviram-se gritos. Logo em seguida, Verônica apareceu com a faca na mão, indo em direção de sua filha. Como em uma brincadeira de “estátua”, A mãe de Gabriela congelou. Talvez de susto, talvez de decepção.
- AH! Não! Não!... Kevin? – sussurrou Verônica.
- Boa tarde, minha mais nova sogra. – Kevin exibia um largo sorriso, Gabriela não esboçava nenhuma reação – Seria interessante receber um presente de casamento dos Bérgamo, mas creio que não vamos oficializar nossa união.
- Seu cretino! Você não pode fazer isso! – A esta altura, Verônica já estava ajoelhada, mergulhada em lágrimas. – Minha garotinha, você não pode!
- MÃE! Eu fui expulsa desta casa! Queira você ou não eu vou viver junto com ele! – Gabriela parecia perfeitamente controlada, até ela olhar para a porta da sala e ver seu pai.
- Kevin, Gabriela, sentem-se. Verônica, sai desta sala, agora! – Carlos se sentou educadamente no sofá à frente do casal – Gabriela,sua estúpida pouco me importam suas atitudes adolescentes impensáveis, deste que não interfira na minha vida e você está conseguindo acabar com ela. Eu aceito a união de voces dois e vou tentar convencer a sua mãe. Podem ir embora, eu deposito na sua conta algum dinheiro, Gabriela.
- É incrível a sua maneira de demonstrar seus sentimentos para sua filha, senhor Carlos, tenho certeza que até eu posso superá-lo em questão de afetividade. – Disse Kevin com ausência de expressão.
- Vão embora.
- Como queira, Senhor.
Ao saírem da casa, Gabriela começou a chorar. Kevin a olhou de uma maneira estranha e disse, num sussurro quase inaudível:
- Pare de chorar. Se não parar, você realmente terá motivos para isso.
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