segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Endorfina

Um momento reflexivo, palavras, suspiros, todas suas lembranças talhadas em cada memória de um ano juntos. Eu decidi dar um tempo, e não foi fácil. Pelo menos não pra mim, porque você não têm sentimentos. Me lembrei de cada alegria, cada tristeza. As pessoas que conheci quando junto a ti, pessoas que amei e outras tantas que odiei.
Lembrei do meu louco e indomável amor a primeira vista por ti, do primeiro sorriso que dei contigo, de nossas primeiras horas unidos, inseparáveis, consubstanciais. Os sonhos e expectativas do primeiro mês junto a ti, as alegrias do segundo. Tudo era perfeito, o mundo era meu, e você o completava. O futuro dependia de nossa união. Aliás, o futuro só existiria se eu ficasse contigo até o final.
Mas vieram as inseguranças, meu bem. Razão, emoção e, por que não, dinheiro. Tudo martelando pesarosamente meu coração. O fator distância colaborou imensamente. Te deixar agora era uma obrigação, te manter era difícil, minhã mãe não podia e nem deveria. Isso tinha, tem, que ser minha obrigação. E foi por isso que decidi dar um tempo.
Por enquanto, me sirvo de amarguras, dores e choros periódicos. Meu bem, eu não preciso que você entenda, só preciso me livrar desse período conturbado, negro e obscuro que minha vida passa. Depois disso, eu prometo voltar pra você. Na verdade, prometo procurar por você em outras pessoas. Quero achar o conforto que você me dava em outros pontos, em outras pessoas, nessa vida.
No mais, obrigada, por tudo que você me fez. Você me serviu de conforto por um tempo. Mas apenas saiba que você é substituível, e um dia eu vou me recompor. Quando isso acontecer, finalmente poderei sorrir... Pra sempre.

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