quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Alex.

E quando o coração dói? Não tem como arrancar isso, digo, a dor. Ela fica lá, te penetrando e sorrindo cínica, até você se render. Cantar não adianta, conversar não adianta, mas esquecer tudo é impossível. O tempo que passamos juntos, morena, ficou aqui, cravado no meu peito e o que resta do seu rebolado é apenas saudade, ela e essa dor maldita. Quem dera fosse fácil esquecer sua marca na minha vida, eu poderia dormir em paz. Mas a vida é assim, as pessoas vão e a dor fica, por tempo indeterminado. As vezes dá raiva de viver, entenda. Essa agonia de não te ter fica alojada no coração e ele faz questão de espalhá-la pelo corpo todo. A rádio, as pessoas, o mundo... Ninguém ajuda. Todos me fazem o terrível desconforto de lembrar de você, e isso não é legal. Ninguém sabe como eu me sinto, claro. Se soubessem, ainda assim nada fariam... Mas é melhor assim. Ter você exigia complicações demais e uma compreensão sobre-humana de tantas coisas... É melhor deixar assim mesmo, do jeito que está, eu aqui e você lá, no seu canto. Não te desejo nada de mal, garota que um dia foi meu amor, mas por favor, não cometa a desgraça de se exibir pra mim com um novo amor, aí já é pedir demais, meu bem.

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